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PARANÁ: Conversa entre presos vaza e expõe suposto esquema de venda de celulares entre cadeias

Publicado em: 06/02/2020

Uma conversa vazada entre presos, que a Banda B teve acesso nesta quarta-feira (5), pode ter revelado um esquema de venda de celulares entre cadeias da região metropolitana de Curitiba. Nos áudios, um detento da Casa de Custódia de Piraquara dá dicas para outro, que cumpre pena na Delegacia de Colombo, de como obter aparelhos.

A troca de áudios, feita pelo aplicativo WhatsApp, revelaria um esquema de obtenção dos aparelhos que contaria ainda com o apoio de agentes de cadeia.

“Eu to ligado, eu to ligado piá, na mão que eu tava aí também piá, tá ligado? Só tinha dois telefones quando eu tava aí também. Tava mó laje. Daí nós conseguimos ‘desembolar’ ali com o guarda pra passar pra dentro ali mano. Não sei se o funcionário (…) ta aí ainda, esse cara ai é ponta, esse louco aí. Ele que trazia os malotes pra nois aí. Se ele tiver ai ainda dá pra nois faze uma conexão que eu sei onde esse cara para, nois acelera ele pra ele leva umas fita ai (sic)”, diz um dos áudios.

Os valores são tratados como “conto”, mas não é possível confirmar se isso seria uma referência para mil.

“Ele trazia pra nois ali piá. Trazia os malotes fechados. Era cinco conto os moleto dele. Mas vinha cinco telefone, 200g de maconha, tá ligado piá? E era cantante e piá (sic)”, diz outro dos áudios.

Informações obtidas pela Banda B confirmam que dois agentes de cadeia, lotados na Delegacia de Colombo, já são investigados pelo setor de inteligência do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen). Um deles está de atestado médico e saiu do estado. O outro estaria em escala normal de trabalho.

Em nota, o Departamento Penitenciário do Paraná informou que a Delegacia de Colombo é uma unidade de administração compartilhada com a Polícia Civil e que o caso será apurado pela Corregedoria do Depen e também deve ser instaurado um inquérito policial, para que os envolvidos sejam identificados e, uma vez comprovado, condenados.

“A Secretaria de Segurança Pública tem como premissa determinar a apuração de todo e qualquer caso que chegue por meio dos canais oficiais ao conhecimento das instituições vinculadas, pois não compactua com condutas irregulares de nenhum integrante das forças ou qualquer órgão ligado à Pasta. A Sesp ressalta que é importante a colaboração da população, para que toda informação sobre atos irregulares de seus servidores sejam denunciados às corregedorias ou anonimamente pelo Disque Denúncia 181”, informou a pasta.

Fonte: Tánosite

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