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Entenda as principais diferenças entre as vacinas contra o coronavírus aplicadas no Brasil

Publicado em: 10/05/2021

Atualmente, duas vacinas contra o coronavírus estão sendo aplicadas na população: a CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan; e a vacina de Oxford/AstraZeneca, que está sendo produzida no Brasil pela Fiocruz. Por se tratar de imunizantes recentes, para uma doença ainda nova, é comum haver dúvidas sobre o tema. Para entender melhor o funcionamento e a diferença entre as vacinas, o professor Marcelo Scotta da Escola de Medicina, esclarece alguns pontos. Confira: 

Quais as principais diferenças entre as duas vacinas? 

A CoronaVac é composta por vírus inativados, ou seja, mortos.  

Já a de Oxford/AstraZeneca é composta de um vetor viral, sendo esse um adenovírus não replicante. Como este vetor não é patogênico em humanos, na prática ela funciona como uma vacina de vírus inativado. 

Qual o intervalo recomendado entre uma dose e outra? 

Para a CoronaVac, o intervalo é duas a quatro semanas. 

Para a vacina de Oxford/Astra Zeneca, é de oito a 12 semanas. 

A partir de que momento a pessoa vacinada pode ser considerada imunizada? 

Apesar de 14 dias após a primeira dose já ser possível haver uma redução de risco de infecção e da doença grave, o indivíduo é considerado plenamente imunizado 14 dias após a segunda dose. 

Como essas vacinas se comportam em relação às novas cepas do vírus que estão surgindo? 

Existem suspeitas de uma menor eficácia frente às novas variantes, como alguns dados iniciais indicando que a vacina de Oxford/AstraZeneca seria menos eficiente contra a variante sul-africana. Porém, ainda são dados incipientes.  

Cuidados não devem ser deixados de lado

Apesar de trazer esperança, a chegada das vacinas contra o coronavírus não deve resultar na redução dos cuidados para combater a pandemia, como o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social. “Essas medidas são as únicas formas de conter o vírus além da vacinação, cuja cobertura ainda está em estágios iniciais”, aponta Scotta.

Segundo o professor, em virtude da disseminação do vírus e da cobertura vacinal ainda pequena, é improvável que possamos retornar à normalidade neste ano. Porém, esse não deve ser um motivo para se descuidar: “É importante que a pandemia seja controlada o quanto antes, pois o surgimento progressivo de mais variantes aumenta a chance de um escape vacinal, ou seja, de a vacina não funcionar”, conclui. 

 

Fonte: Escola de Medicina

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