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Sindicato orienta alunos a procurarem MP caso escolas não façam matrículas noturnas

Publicado em: 28/11/2019

Negativa de matrícula para o período em escolas públicas deve ser comunicada aos Núcleos de Educação e ao Ministério Público

A APP - Sindicato de Jacarezinho orienta alunos a procurarem Núcleos Regionais de Educação e o Ministério Público se encontrarem resistência em escolas públicas para realizar matrículas no Ensino Médio para o período noturno. A medida tem como objetivo combater a suposta intenção do governo do Estado em acabar com as aulas durante a noite na rede pública de ensino.

“Se o aluno perceber que a escola não quer fazer a matrícula noturna, deve procurar o Núcleo Regional de Educação e depois o Ministério Público. Pedimos que também que traga essa documentação até a APP que nós vamos acionar o Ministério Público em Curitiba”, informa o presidente da APP - Sindicato de Jacarezinho, Roberto Potzik.

“Não houve nenhuma resolução ou decreto por parte do governo do Estado para acabar com as aulas noturnas, mas houve, sim, instruções informais a diretores de escolas neste sentido. Como ocorreu uma resposta muito rápida da comunidade escolar e de toda a sociedade em si em rejeitar esta medida, que seria péssima, agora parece que estão fazendo as matrículas normalmente, mas nossa orientação segue a mesma”, assinala.

Ainda segundo o líder sindical, a medida traria reflexos negativos como a superlotação no período diurno, a dificuldade no acesso à educação para quem trabalha e a dispensa de milhares de professores contratados via PSS (Processo Seletivo Simplificado). “Para a educação seria péssimo. Iria lotar ainda mais as escolas no período diurno e acabar com a chance de estudar para pessoas que trabalham durante o dia. Isso sem falar nos professores PSS que seriam desligados”, critica.

ENTENDA

A polêmica teve início na semana passada, quando o governo anunciou oficialmente o remanejamento de turmas noturnas para o período diurno já para ano letivo de 2020. Segundo a SEED (Secretaria de Estado da Educação) houve redução no número de matrículas para as aulas à noite nos últimos anos.

Contudo, depois da repercussão negativa da medida, a secretaria se pronunciou afirmando que o fim do ensino noturno era mentira e que iria atender toda a demanda de alunos que surgisse, além de ampliar as ofertas de vagas no período diurno.

A nota ainda afirma que “(...)o planejamento escolar prevê, para o ano letivo de 2020, 100 mil vagas para o período. Se houver necessidade de abertura de vagas para atender mais alunos, a Secretaria garante a oferta.

Buscando democratizar o acesso ao Ensino Médio, a secretaria ampliou a oferta de vagas para o período diurno, uma vez que em muitos municípios a única opção do estudante era cursar o noturno.

Nas instituições de ensino em que há disponibilidade de espaço físico (salas de aulas ociosas) no período da manhã e/ou tarde, os alunos poderão optar pelo Ensino Médio diurno”.

Fonte: Tribuna do Vale

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