Aprovado há cerca de dois meses, o sistema de votações virtuais na Assembleia Legislativa do Paraná tem sido alvo de duras críticas por parte dos deputados de oposição. Se de um lado agiliza a realização dos trabalhos dos parlamentares, cria também uma brecha para que votações de projetos polêmicos e que geram consequências sérias ao Estado, sejam aprovados, sem o devido debate e o conhecimento do povo.
“São projetos que liberam construções de PCHs, que alteram a Agência Reguladora, que propõem o fim do Software Livre e que trarão um grande prejuízo aos caixas do Estado, sem o devido debate”, aponta Requião Filho.
Segundo o deputado, só nesse período, foram realizadas ao menos 21 sessões extraordinárias para acelerar a aprovação de matérias que não possuem relações com a pandemia de Covid19.
“É um absurdo, é a volta do tratoraço derrubado em 2015, que agora em 2020 aprovou a extinção de cargos e até a terceirização deles para a iniciativa privada. Não é algo que o paranaense quer! E tudo isso, sem precisarmos de camburão ou de nos deslocarmos para a Ópera de Arame, fugindo dos servidores. É uma vergonha, estamos apunhalando o povo pelas costas”, alertou o deputado.
Fonte: ALEP