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Rede hospitalar do Paraná tem agravante da epidemia de dengue, diz diretora da Saúde

Publicado em: 14/03/2020

A crise do contágio da covid-19 chegou com força aos Estados, levando as equipes a trabalharem com a previsão de uma explosão no número de casos nas próximas três semanas.  No Paraná, com seis doentes confirmados - cinco em Curitiba e um em Cianorte -, o governo estuda a decretação de emergência. Mas a decisão ainda não foi tomada, explicou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual da Saúde. "Nós ainda temos uma situação um pouco confortável sobre a covid-19 neste fim de semana", disse Maria Goretti. Para ela, a preocupação no momento é com a preparação do sistema de saúde para enfrentar os próximos dias.

De acordo com a diretora, o Paraná já vive no nível 3 do Plano de Contingência, mas ela lembra que todos os casos são "importados". Não há casos de transmissão local. Para Maria Goretti, um agravante enfrentado na rede de atendimento de saúde é o número de casos de dengue. Ela contou que já foram registradas pelo menos 37 mortes pela doença transmitida pelo Aedes aegypti.  O número de casos suspeitos de coronavírus subiu no Paraná. Na quinta-feira (12) eram 54 casos em investigação e novo boletim divulgado nesta sexta-feira (13) foi a 72.

Cinco casos foram descartados em Curitiba e 18 novos suspeitos foram incluídos – Curitiba (3), São José dos Pinhais (1), Ponta Grossa (3), Foz do Iguaçu (1), Cascavel (3), Umuarama (1), Cianorte (1), Maringá (2), Londrina (3).

O município de Umuarama ainda não havia registrado suspeita da doença na região. A Sesa segue monitorando os seis casos confirmados. Os pacientes permanecem em isolamento domiciliar, sem alteração no quadro clínico. Ao todo o panorama da doença no Estado soma 72 suspeitos, 34 descartados e seis confirmados.

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"Todas as ações já estão sendo planejadas com o pior cenário", disse ontem Janaína Fonseca Almeida, diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, durante entrevista sobre a doença em Belo Horizonte. De acordo com a diretora, pelos dados da Organização Mundial da Saúde, observados pelos técnicos nos estudos de projeção do crescimento da doença, a previsão é de um crescimento que multiplica por dez o número de casos atualmente registrados. 

No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) também fez reunião extraordinária de governo e usou sua rede social para avisar que havia decretado medidas de restrição de viagens e atendimento dos serviços públicos para tentar conter a doença. "As ações de prevenção são em respeito às pessoas que estão à volta", afirmou o governador. Àquela hora, o Estado tinha quatro casos confirmados. No início da noite, subiu para seis infectados, ambos residentes em Porto Alegre. "Um deles é um homem, de 38 anos, que viajou para Portugal, Dinamarca e Inglaterra e uma mulher, de 59 anos, com passagem pelos Emirados Árabes Unidos", informou a Secretaria da Saúde. Segundo o governador, a preocupação não deve ser somente com o contágio pessoal. Ficam restritas viagens de servidores, e eventos públicos devem ser cancelados ou transferidos. Em Florianópolis, eventos públicos também foram cancelados para conter o avanço da doença.

Na Bahia, a preocupação também aumentou. Ontem à tarde, boletim da Secretaria da Saúde apontava 7 casos confirmados, com 289 suspeitas de infecção. Outros 153 foram descartados pelo serviço de análise. Entre os confirmados, 4 são de Feira de Santana e 3 da capital.

Os dados divulgados pelos Estados diferem do balanço nacional de ontem porque parte dos números ainda não havia sido consolidada pelo ministério. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

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