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Reconstituição dos assassinatos de família no ABC durou 11 horas

Publicado em: 14/03/2020

Colocados frente a frente, suspeitos deram versões diferentes para o crime. Jhonatan isentou Ana Flávia de envolvimento nas mortes dos pais e irmão

Policiais, peritos, advogados e os cinco suspeitos participaram nesta quinta-feira (12) da reconstituição do crime que vitimou o casal Romuyuki e Flaviana Gonçalves e o filho Juan, de 15 anos, no ABC Paulista, em janeiro. Era meia-noite quando os trabalhos foram encerrados na estrada de terra, onde os corpos foram abandonados em um carro e carbonizados.

O trabalho começou pela manhã na casa da família Gonçalves, em Santo André, e foi encerrado pela Polícia Civil por volta da meia noite na estrada do Montanhão. Os policiais acompanharam as versões de cada um dos envolvidos.

Dois carros simularam os veículos das vítimas e da filha do casal Ana Flávia. Ela e a esposa, Carina Ramos, foram colocadas dentro do carro, enquanto um policial civil segurava um galão, simulando estar com gasolina.

Um a um, os suspeitos entraram no condomínio Morada Verde, localizado na rua Caminho dos Vianas, 601, no Jardim Irene, em Santo André, na Grande São Paulo, onde o crime aconteceu.

Ana Flávia foi a primeira a participar da reconstituição. Em vídeos gravados dentro do condomínio é possível vê-la entrando em um carro e simulando o dia do crime. Segundo a polícia, ela chorou durante boa parte do procedimento, que durou cerca de 1h30, e negou ter participado das agressões e do assassinato dos familiares.

Ela contou que o pai morreu primeiro, depois o irmão e, por último, a mãe. Foi a primeira vez que Ana Flávia voltou à casa onde os pais e o irmão moravam. A avó da suspeita, que acompanhava a movimentação do lado de fora, viu a neta, mas não falou com ela.

Carina foi a segunda a participar da reconstituição. Imagens mostram a suspeita indicando passo a passo o que fez no dia do crime. Segundo os investigadores, ela mudou de versão algumas vezes durante as três horas que esteve no procedimento. Ela afirmou que foi seu primo, Jhonatan Ramos, quem matou Flaviana, mãe de Ana Flávia, ainda dentro da casa.

O  advogado da família, Epaminondas Gomes, que acompanhou toda a reconstituição, disse que a mulher se manteve fria e não demonstrou sentimentos durante o tempo que permaneceu no local.

Jhonatan foi o terceiro a dar sua versão na reconstituição. Ele disse que foi Carina quem enforcou e agrediu as vítimas. Segundo ele, todos os suspeitos com exceção de Ana Flávia participaram dos assassinatos.

Ele reafirmou que foi convidado por Ana Flávia e Carina a roubar R$ 85 mil, que estariam na casa. Durante o assalto, as mulheres deram permissão para assassinar a família.

Os outros dois suspeitos, Juliano Ramos e Guilherme Silva, também participaram da reconstituição.

Intuito da reconstituição

Com a reconstituição do crime, a polícia procurou confrontar os relatos de cada suspeito e entender o envolvimento e a participação deles. Além disso, queria esclarecer quem assassinou cada uma das vítimas e em qual momento elas foram mortas.

O motivo do crime bárbaro não foi elucidado. A polícia ainda não concluiu se o intuito do grupo era matar a família para ficar com a herança ou roubar a casa.

O crime

O assassinato da família foi descoberto em 28 de janeiro. Ana Flávia, filha do casal, e Carina, mulher dela, foram presas um dia depois por serem suspeitas do crime.

Romuyuki, a esposa Flaviana e o filho Juan tiveram os corpos queimados. Eles foram encontrados dentro de um carro, em uma estrada de São Bernardo do Campo.

Fonte: R7

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