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Policiais e agentes carcerários alertaram sobre risco de rebelião com fuga em massa

Publicado em: 26/11/2019

Fontes ligadas às corporações mostraram preocupação com a superlotação carcerária e falta de efetivo para a manutenção dos presos

A rebelião com fuga em massa ocorrida no último fim de semana na cadeia pública de Santo Antônio da Platina foi prevista por fontes ligadas ao Depen (Departamento Penitenciário) e à Polícia Civil. Segundo as denúncias, dias antes ao motim, a carceragem construída para 35 presos estava superlotada (com mais de 120 detentos) e não há efetivo para realizar a manutenção dos presos.  

Uma das fontes revelou que após o assassinato de um preso acusado de crime sexual, ocorrido no fim de outubro em uma das alas da carceragem platinense, não houve vistoria nas celas para encontrar possíveis objetos e armas que pudessem auxiliar os trabalhos de investigação para esclarecer o caso, fato confirmado à reportagem por outra fonte da Polícia Civil. O Depen também não teria explicado às autoridades, ainda, a razão de ter colocado um preso acusado de estupro junto a outros detentos, mesmo ciente das consequências que a medida poderia resultar.

Ainda segundo as denúncias, a estrutura do Depen, em Santo Antônio da Platina, estaria completamente fragilizada. , enquanto outros o afastamento para tratamento psicológico em consequência da rotina exaustiva de trabalho, obrigando o órgão a fazer uma espécie de rodízio entre os agentes da região para atender as escalas de plantão, mesmo diante do risco iminente que a medida ofereceria.

A rebelião ocorrida na cadeia de Santo Antônio da Platina no último sábado (23) ratifica as denúncias. Poucas horas depois do fim do motim, já na manhã de domingo (24), após ‘varredura’ nas celas por agentes do SOE e policiais da tropa de choque da PM, uma equipe de agentes carcerários encontrou dois revólveres calibre .38 no interior da cadeia. Os carcereiros foram ameaçados pelos detentos, que alegaram estar em posse de uma pistola calibre 765 municiada e “prontos para o tudo ou nada”.

A situação na unidade ficou tensa outra vez e, novamente mobilizou os organismos de segurança. Equipes especializadas em situações de crise entraram na cadeia por volta das 19 horas para procurar pela arma de fogo que estaria com os presos, a qual foi localizada pouco antes das 3 horas desta segunda-feira (25).

“VAI PIORAR”

De acordo com agentes do Depen e policiais civis e militares ouvidos pela reportagem durante a rebelião, a situação na unidade tende a piorar muito nos próximos dias com a mudança de endereço da 38ª Delegacia Regional de Polícia. Com a medida, a carceragem ficaria desguarnecida sem a presença diária de investigadores e policias militares no local.

Outra preocupação é com a fragilidade que o prédio da cadeia oferece. Os muros são baixos e possibilitam o arremesso de armas, drogas e celulares para o interior da unidade. As apreensões são frequentes, mas classificadas pelos organismos de segurança como uma tarefa de “enxugar gelo”, em outras palavras: em vão.

OUTRO LADO

A reportagem procurou o Depen para comentar as denúncias, mas até a publicação da matéria não houve retorno.

Fonte: TanoSite

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