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Polícia prende guardas suspeitos de matarem adolescente em Londrina

Publicado em: 06/11/2019

A Polícia Civil de Londrina prendeu dois guardas municipais suspeitos de terem envolvimento na morte de um adolescente de 16 anos registrada na noite de 02 de outubro na rua Serra da Japuíra, no Jardim Bandeirantes, Zona Oeste de Londrina.

A investigação apurou que os guardas mentiram sobre a versão da morte do garoto. Eles contaram que estavam em patrulhamento na região quando ouviram o barulho de uma motocicleta em alta velocidade e os disparos. Os agentes ainda afirmaram que tentaram abordar o suposto assassino, mas que ele empreendeu fuga.

Mas para a polícia, esses fatos nunca existiram. A investigação levantou que os guardas envolvidos na ocorrência cometeram crime de fraude processual, coação e o próprio homicídio com dolo eventual ou direto. Os guardas não tiveram os nomes divulgados.

ATO INFRACIONAL

A polícia identificou que o menor estaria praticando ato infracional equiparado ao tráfico de drogas quando os guardas tentaram abordá-lo e apreendê-lo em flagrante. Entretanto, na abordagem, um dos agentes efetuou os disparo que atingiu o adolescentes nas costas e transfixou no peito, provocando sua morte. Uma testemunha presente no local foi levada à delegacia e chegou a confirmar a versão dos GM’s.

Porém, a polícia descobriu que haviam outras testemunhas que afirmaram que o relato dos guardas não era verdadeiro. Elas disseram que os dois recolheram o estojo da munição disparada, o que impediu que o perito criminal e os investigadores fizessem o confronto balístico. O projétil transfixou o corpo do adolescente e também não foi localizado.

O motociclista não foi o autor do disparo e não fugiu da abordagem dos guardas municipais.

OUTRO ENVOLVIDO

Ainda segundo a testemunha que inicialmente confirmou a versão dos guardas municipais, posteriormente disse que foi coagida pelos servidores para dizer uma versão condizente com a deles. A polícia apura o envolvimento de um terceiro guarda, que tenha participado da tentativa de abordagem ao adolescente, e também que aqueles que se apresentaram na delegacia no dia da ocorrência, não sejam os que iniciaram a abordagem.

O delegado João Reis, da divisão de homicídios, diz que há dúvidas em relação ao fato. “Um dos motivos principais da prisão é a coação das testemunhas, o que não pode ser feito em hipótese alguma”.

A investigação solicitou junto à Secretaria de Defesa Social a relação dos guardas que estiveram na cena do crime, e também vai periciar o GPS da viatura que atenderam a ocorrência.

Fonte: 24Horas

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