A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou na manhã desta sexta, 9, a Operação Caixa-Forte, mirando um núcleo do Primeiro Comando da Capital (PCC) que gerenciava o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na facção. Até às 13h, a força-tarefa havia prendido 34 pessoas.
A força-tarefa é coordenada pela Polícia Federal e conta com membros da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.
Agentes cumprem 145 mandados – 52 de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias – São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Na terça, 6, a PF realizou nos mesmos Estados a Operação Cravada, visando desarticular o núcleo financeiro da facção
Ao todo, as ações ocorrem em 18 cidades e seis unidades prisionais, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte.
No Paraná, os membros da força-tarefa cumprem mandados em Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.
Em Minas as ações são realizadas em Uberaba e Conceição da Alagoas, e no Mato Grosso nas cidades de Campo Grande e Corumbá.
Já em São Paulo, a força-tarefa age em Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba, Embu das Artes, e na capital paulista.
De acordo com a Polícia Federal, as contas bancárias de pessoas “aparentemente estranhas” ao PCC eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita dos valores movimentado. No período das investigações, a movimentação financeira ultrapassou R$ 7 milhões de reais.
Para lavar o dinheiro, os investigados utilizavam “depósitos fracionados”, segundo a PF, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas. Assim os depositantes não eram identificados e gatilhos de comunicação de atividade suspeita do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) não eram ativados.
Depois o dinheiro era transferido a outras contas ou sacado em terminais eletrônicos, indicou a PF. 45 contas bancárias foram identificadas e bloqueadas.
Segundo a PF, os presos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 33 anos de prisão, indicou.
“Caixa-Forte” e “Cravada”
Cerca de 180 Policiais Federais cumpriram 85 mandados – 55 de busca e apreensão e 30 de prisão – em sete estados – São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná
Fonte: IstoÉ