Deltan Dallagnol
O reformado procurador da República que coordenou a Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba era pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, mas decidiu desistir da disputa em maio deste ano
Deltan deixou o Podemos e se filiou ao Partido Novo em 2023, após ter tido o mandato como deputado federal cassado por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Novo declarou na época que o ex-jurista não teve os direitos políticos cassados e por isso poderia concorrer normalmente a qualquer cargo público. Deltan teve quase 2 milhões de votos no Paraná.
Mas Deltan desistiu da disputa sob justificativa de se dedicar a outros projetos políticos, entre eles auxiliar os candidatos do Novo nas disputas eleitorais pelo país.
“Diante de uma escolha muito difícil pra mim, eu venho hoje compartilhar com vocês a minha decisão de não concorrer à Prefeitura de Curitiba nas próximas eleições municipais […] Eu sinto que minha missão nesse momento vai além de Curitiba e que eu posso contribuir de forma mais ampla pra renovação política”, declarou Deltan nas redes sociais.
Após anunciar a desistência, Deltan confirmou que seguiria a decisão do Novo em apoiar a candidatura de Eduardo Pimentel.
Mas segundo reportagem do jornal O Globo, o senador e ex-colega de Deltan na Lava Jato, Sérgio Moro (UNIÃO), procurou Deltan para fechar apoio em torno da chapa de Ney Leprevost e Rosângela Moro. O contato não teve desfecho positivo, porque o ex-jurista manteve a posição de apoiar Pimentel.
Homero Marquese
Assim como Deltan, Marquese também se filiou ao Partido Novo com foco nas eleições municipais deste ano. Mas na última segunda-feira (5), o ex-deputado estadual anunciou a desistência do pleito pela Prefeitura de Maringá.
Marquese utilizou as redes sociais para apresentar as justificativas pela desistência. “Tentamos até o último minuto uma coligação com gente honesta que nos desse musculatura, mas não conseguimos”, pontuou.
Segundo contas feitas por Marquese, a candidatura do Novo em Maringá teria apenas 12 segundos de tempo na propaganda eleitoral de Rádio e TV. Além disso, o ex-deputado estadual apontou que os debates eleitorais foram “cancelados um a um” pelas emissoras da Cidade Canção.
Marquese iniciou a carreira política em 2014, quando filiado ao PV não conseguiu ser eleito para o cargo de deputado estadual. Dois anos depois, foi eleito o vereador com mais votos na história de Maringá até então, com 6.573 votos.
Mas em 2018, Marquese tentou novamente ser eleito deputado estadual – dessa vez pelo PROS, e conseguiu ser eleito. Só que na tentativa de reeleição em 2022, ficou apenas como segundo suplente do Republicanos.
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Fonte: A Voz de Ibaiti c/ inf. do Globo e Estadão