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Paraná confirma primeiro caso de sarampo e analisa mais dois casos suspeitos

Publicado em: 08/08/2019

Depois de 20 anos, o Paraná confirmou ontem o seu primeiro caso de sarampo, após a realização dos exames.

A mulher, moradora de Campina Grande do Sul, está em isolamento e os procedimentos de bloqueio vacinal seletivo nas pessoas que tiveram contato com ela foram realizados. A paranaense esteve em São Paulo entre 15 e 22 de julho e começou a apresentar os sintomas na sexta-feira. O último caso registrado no Estado aconteceu em 1999, remanescente do surto ocorrido no ano anterior. Em 1998 ocorreram 873 casos no Paraná e um óbito decorrente de complicações da doença.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto alerta para a prevenção da doença. “Eu, como profissional médico, me preocupo com os cuidados à saúde e especialmente com a prevenção. O sarampo já estava extinto em nosso Estado e não podemos deixar que contamine mais pessoas por aqui e a doença volte a atingir grande número de paranaenses. Por isso peço que as pessoas sigam rigorosamente o calendário de vacinação”.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, explica que é possível bloquear a contaminação pelo vírus. “Como temos essa primeira confirmação de caso importado de São Paulo, o que devemos fazer é atualizar as carteiras de vacinação para quem ainda não está imunizado. Esta é a melhor forma de controlar o vírus e não deixar que ele avance no Estado”.

Além dessa confirmação a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) acompanha outros dois casos de pessoas com suspeita de sarampo. Nessa situação, enquanto os resultados dos exames não ficam prontos é realizado o bloqueio vacinal preventivo nas pessoas que tiveram algum tipo de contato, o monitoramento de sintomas do paciente suspeito e o isolamento domiciliar ou hospitalar.

“Pedimos para que todos os profissionais de saúde fiquem atentos aos sintomas e notifiquem à Vigilância Epidemiológica municipal os casos suspeitos para que possamos acionar as medidas necessárias para o bloqueio vacinal seletivo nos contatos suscetíveis após exposição e também possamos avaliar as carteiras de vacinação de todos os contatos. Como a contaminação é pelo ar, qualquer contato com uma pessoa doente é um risco alto de transmissão”, esclarece a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr.

Complicações são mais graves em crianças menores de 5 anos
O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite e pneumonia. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.

Os sintomas mais comuns são: febre alta, dor de cabeça, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento caso alguém com quem teve contato fique doente.

O sarampo pode deixar sequelas caso não seja tratado. As complicações da doença são: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, e em casos mais graves podem provocar surdez, cegueira, retardo do crescimento e redução da capacidade mental.O período entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é de cerca de 12 dias. Porém, a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram manchas avermelhadas na pele.

Quem deve se vacinar
A vacina contra o sarampo integra o calendário nacional de vacinação.
- A primeira dose é aplicada aos 12 meses de vida e a segunda dose aplicada aos 15 meses na vacina tetra viral, contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora.
- Quem tem até 29 anos deve receber duas doses para a imunização.
- Para a população entre 30 e 49 anos, o indicado é que recebam uma dose da vacina tríplice viral.
- Pessoas imunodeprimidas, acima 50 anos ou mulheres grávidas não devem tomar a vacina.
- Crianças de seis meses a menores de um ano de idade que vão se deslocar para municípios que apresentem surto ativo de sarampo devem ser vacinadas contra a doença pelo menos 15 dias antes da data da viagem. Essa dose será contabilizada como extra e a criança deverá receber mais duas doses, uma aos 12 meses e outra com 15 meses de idade.
- Os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral até os 49 anos, independente se atuam na atenção primária, secundária ou terciária.

Fonte: BemParana

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