SÃO PAULO — A 23ª Parada LGBT de São Paulo começou oficialmente às 12h deste domingo com discursos de celebridades e ativistas da causa. Em uma Avenida Paulista tomada pela multidão, o público entoou gritos contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor do Supremo Tribunal Federal (STF) que recentemente tornou crime o ato de homofobia .
A abertura da Parada teve discurso da apresentadora Fernanda Lima, do programa Amor & Sexo (Tv Globo), madrinha do evento. A apresentadora enalteceu a comunidade LGBT pela luta de seus direitos.
"Essa luta não tem fim. É uma luta por amor e empatia. Vocês merecem ter toda visibilidade do mundo" — disse.
Na sequência, o ativista Toni Reis fez um discurso homenageando o Supremo Tribunal Federal pelo julgamento que criminalizou a homofobia, no início do mês.
"Precisamos enfrentar fascismo. Não admitimos bullying nas escolas. Beijem muito e agora com autorização do STF" -- disse.
A cerimônia teve ainda discurso de Thammy Miranda, filho da cantora Gretchen que recentemente passou pelo processo de mudança de gênero, e terminou com o canto do hino nacional na voz da cantora drag queen Tchaka.
Ao longo da avenida Paulista, é possível presenciar faixas de pedestres pintadas nas cores do arco-íris, símbolo tradicional da luta LGBT.
O tema " 50 anos de Stonewall", a 23ª edição do evento terá 19 trios elétricos e público esperado de 3 milhões de pessoas. O mote desse ano relembra o episódio de repressão policial num bar de Nova York que se tornou um marco para o ativismo da comunidade LGBT em todo o mundo.
Fonte: O Globo