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Mulher quase morre ao ter pescoço cortado por linha de cerol, em Goiânia: 'por um milímetro teria pego minha artéria'

Publicado em: 03/06/2020

Elisângela Bezerra Ferreira, de 38 anos, estava voltando para casa pilotando uma moto quando foi atingida. Relatório da Guarda Civil Municipal indica aumento no número de ocorrências envolvendo cerol.

A Costureira Elisângela Bezerra Ferreira, de 38 anos, quase morreu ao ter o pescoço cortado por uma linha de cerol em Goiânia. Ela conta que estava voltando para casa pilotando uma moto quando foi atingida. A vítima precisou levar seis pontos de sutura no pescoço e conta que sobreviveu por pouco.

“Na hora eu senti cortando. Fiquei desesperada quando vi que era uma linha com cerol. Eu pensei que ia morrer. Os médicos me disseram que por um milímetro teria pego minha artéria e eu teria morrido”, relata a costureira.

O acidente aconteceu na tarde de domingo (31), no setor Vera Cruz II. A amiga Joana Francisca Bernardes, de 53 anos, estava na garupa da moto e conta que foi quem ajudou a socorrer ela.

“Ela gritou falando que estava queimando o pescoço. Parou a moto. Quando vi, tinha um buraco no pescoço dela. Enfiei a mão e tirei a linha. Não sei como tive forças”, lembra a amiga

Elisângela pede para que as pessoas tenham mais consciência e deixem de usar linhas com cerol, que é proibido e pode tirar vidas. “Estou indignada, triste, com tanta linha de cerol que está por aí. Meu pedido é para que os pais conversem com os filhos. Não deixem usar”, conta.

Cresce número de ocorrências com cerol, diz relatório da Guarda Civil

Conforme relatório divulgado pelo comando da Guarda Civil Municipal de Goiânia, desde o mês de março o número de ocorrências relacionadas ao uso do cerol vem crescendo em todas as regiões da capital, principalmente na região noroeste.

O relatório foi divulgado na segunda-feira (1º) e diz sobre as ocorrências registradas ao uso do cerol em geral, que envolve o artefato caseiro e o fabricado em indústrias. Segundo o relato, no início do mês de março ocorreu somente uma ocorrência, já em maio foram 108.

Os números de ocorrências por região são:

  • Noroeste 24;
  • Leste – 22;
  • Sudoeste – 20;
  • Oeste – 18;
  • Central – 17;
  • Norte – 16;
  • Sul – 14.

Segundo o comandante da corporação Wellington Paranhos, o aumento das ocorrências pode estar relacionado à pandemia do coronavírus.

“Isso se dá devido às circunstâncias atuais da pandemia do coronavírus, onde as aulas nas escolas estão suspensas e, com isso, as crianças tendem a ficar mais tempo em casa”, avalia.

O comandante complementa que a GCM vem realizando ações educativas em toda a cidade em virtude deste aumento. Qualquer pessoa pode denunciar o uso irregular do cerol ligando no telefone 153.

Apesar do aumento do número de ocorrência, a corporação ressalta que nos últimos quatro anos não houveram vítimas fatais.

 

Fonte: TV Anhanguera

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