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Morre aos 104 anos Olivia de Havilland, atriz de '"E o Vento Levou"'

Publicado em: 26/07/2020

Morreu em Paris, aos 104 anos, a atriz Olivia de Havilland. Imortalizada por sua participação em "...E o Vento Levou" (1939), Havilland era conhecida por fazer papéis de mulheres doces e amáveis. Ícone da era de ouro do cinema, ela tem dois Oscar de melhor atriz.

Veja a repercussão da morte da atriz

Segundo a revista especializada em cinema "The Hollywood Reporter", de Havilland morreu de causas naturais em sua casa. Ela fez poucas aparições públicas depois de se aposentar, mas retornou a Hollywood em 2003 para participar da 75ª edição dos Oscar.

Filha de pais ingleses, a atriz nasceu no Japão. Naturalizada norte-americana, cresceu na Califórnia e vivia em Paris desde 1953. Em 2008, recebeu do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a Medalha Nacional pelas Artes. No ano seguinte, narrou o documentário "Alzheimer".

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Olivia de Havilland em '...E o vento levou' — Foto: Divulgação

Olivia de Havilland em '...E o vento levou' — Foto: Divulgação

Rivalidade com a irmã

Havilland teve uma relação conturbada com sua irmã a também atriz, Joan Fontaine. Em 1942, as duas foram indicadas ao Oscar: Havilland por "A Porta de Ouro" e Fontaine por "Suspeita", de Alfred Hitchcock. Fontaine levou a estatueta.

Morre aos 104 anos Olivia de Havilland, de "E O Vento Levou"

Em 2017, Olivia de Havilland, processou os produtores da série de TV "Feud" porque não gostou da forma como foi retratada na série. A trama é sobre a famosa rivalidade entre Joan Crawford e Bette Davis, mas ela perdeu essa disputa.

A atriz não era novata nos meandros da justiça, uma vez que foi uma das primeiras a desafiar e derrotar o todo-poderoso sistema dos grandes estúdios pelas abusivas condições trabalhistas às quais estavam submetidos os artistas da Hollywood clássica.

Montagem mostra imagens de Havilland (à esq.), em 1968, e de Catherine Zeta-Jones interpretando a atriz em cena de 'Feud' — Foto: AP e FX via AP

Montagem mostra imagens de Havilland (à esq.), em 1968, e de Catherine Zeta-Jones interpretando a atriz em cena de 'Feud' — Foto: AP e FX via AP

O prestígio da indicação ao Oscar e a popularidade de "O Vento Levou" não deram a Havilland os tipos de papéis que ela queria. Ela costumava recusar as peças que a Warner Bros. oferecia, o que resultou em várias suspensões pelo estúdio.

Em 1943, Havilland declarou que seu contrato de sete anos com a Warner havia expirado, mas o estúdio disse que ainda lhes devia os seis meses que passou em suspensão.

De Havilland venceu no tribunal, enfraquecendo o domínio dos grandes estúdios sobre os atores, limitando os contratos dos atores a sete anos, independentemente do tempo de suspensão. Mas desafiar um estúdio poderoso foi uma jogada arriscada na carreira e ela não fez filmes por três anos.

Havilland fez um retorno triunfante à tela em 1946, com o papel vencedor de um Oscar de mãe solteira em "Só Resta uma Lágrima". Três anos depois, seu retrato de uma solteirona trouxe outro prêmio da Academia por "A Herdeira".

 

 

Fonte: G1 - R7 - Band News - Le Monde -

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