Reunião em Jacarezinho discutiu impactos na economia regional, mas isolamento social continua
Reunião em Jacarezinho discutiu impactos na economia regional, mas isolamento social continua
Um encontro entre prefeitos Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi) e o Ministério Público Estadual (MPPR), ontem, 30, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) em Jacarezinho, debateu a possibilidade de reabertura do comércio na região, após paralisação em consequência da determinação pelo isolamento social por conta do coronavírus.
Os prefeitos demonstraram muita preocupação com as consequências que a medida pode resultar em todo o País, principalmente o número elevado de desemprego que pode ocorrer em função da paralisação das atividades econômicas, mas primordialmente com a vida da população.
A promotora de Justiça Kele Cristiani Diogo Baena reiterou aos prefeitos a nota pública divulgada na manhã desta segunda-feira (30) pelo Ministério Público do Paraná sobre a necessidade de que sejam mantidas todas as medidas necessárias para a preservação da saúde e da vida em face da pandemia de Covid-19. Entre as medidas, destacam-se a contenção e o isolamento social, amplamente recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e pela comunidade científica brasileira e internacional como as principais ações capazes de diminuir o impacto da doença, reduzindo o potencial de propagação e de mortes.
Na nota, o MP destaca ainda a necessidade, neste momento, da uniformidade de condutas necessárias para enfrentar perigo de tal magnitude, e que acompanha, em todo o Paraná, a edição de atos administrativos, principalmente os de caráter normativo, para que estejam devidamente fundamentados, com base em prévia manifestação da autoridade pública sanitária competente (municipal e/ou estadual), expressando as evidências epidemiológicas que os justifiquem.
Para o prefeito de Carlópolis, Hiroshi Cubo (PSDB), é preciso encontrar uma solução urgente para se cumprir as determinações dos organismos de saúde no enfrentamento da Covid-19 e a retomada da economia. “Precisamos cuidar da vida e dos empregos dos brasileiros. Segundo as autoridades, o pico da doença deve ocorrer nas próximas semanas, mas logo entraremos no inverno e a situação pode se agravar ainda mais. Corremos o risco de ficar entre cinco e seis meses com as portas fechadas”, avalia.
Os prefeitos devem se reunir novamente no próximo domingo (5) para rediscutir o assunto.
Fonte: Marcos Júnior Luiz Bannwart