PÁGINA INICIAL
NOTICIAS
 

Há 9 anos três pessoas também morreram em cachoeira no Norte Pioneiro

Publicado em: 03/01/2020

Grupo de amigos se banhava na cachoeira Véu da Noiva, em Ribeirão Claro

Na tarde de 26 de dezembro de 2010 (um domingo), o Si­­mepar identificou várias áreas de instabilidade climática no Norte Pioneiro paranaense, mas nenhuma formação fora do normal em Ribeirão Cla­­ro, especificamente. Con­­for­me o meteorologista Tarcí­sio da Cos­ta, o histórico de chuvas na re­­gião é de 175 a 200 milímetros durante o mês de dezembro. Apesar de ter uma estação climática tão próxima ao município (em Cambará), o órgão, no entanto, não soube dizer se a precipitação daquela tarde foi irregular ou não. Os equipamentos não chegaram a acusar nenhuma chuva excepcional, apenas uma precipitação, aparentemente, regular, entre 16 e 17 horas, com 30 mi­­nutos de intensidade, suficiente para provocar uma 'cabeça d'água' na cachoeira Véu da Noiva,  semelhante a registrada nesta quarta-feira (1º) em um complexo de cachoeiras no sul de Minas Gerais, deixando, igualmente, um saldo de três mortos.

Aquele domingo de sol para um grupo de amigos acabou em tragédia, em Ribeirão Claro. Eles se ba­­nhavam no ribeirão que leva o nome da cidade, a poucos metros da cachoeira Véu da Noiva, um dos pontos turístico da região, quando uma torrente de água desceu pelo canal fazendo o nível do rio subir quase três metros. Três pessoas, um homem e duas mulheres, que brincavam próximo à cachoeira foram arrastados e jogados do alto da queda d’água, que tem mais de 30 metros de altura, e desapareceram.

A tragédia mobilizou o Corpo de Bombeiros, que enviou uma equipe formada por dez homens, a maioria mergulhadores, na tentativa de encontrar os desaparecidos. Ainda na noite de domingo, os corpos dos três banhistas foram localizados a pouco mais de 600 metros da cachoeira. Conforme o comando do Corpo de Bombeiros, as vítimas: Denilson Lemos dos Santos, 27 anos, Maria Aparecida da Silva, 62 anos, e Karina da Silva, 21 anos eram moradores em Ourinhos, cidade do sudoeste de São Paulo, a pouco mais de quarenta quilômetros de Ribeirão Claro.

Com a informação de que o grupo era formado por pelo me­­nos mais oito pessoas, o Corpo de Bombeiros resolveu reiniciar as buscas no local na manhã seguinte. Os militares desceram o ribeirão vasculhando a área até chegar ao Rio Paranapanema, onde o canal desemboca. Porém, por volta das 14 horas, a polícia informou que as outras supostas vítimas tinham deixado o local momentos antes da tragédia. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Jacarezinho.

De acordo com o sargento do Corpo de Bombeiros, Luiz Carlos Souza, que comandou as buscas, os corpos foram encontrados bastante machucados, um sinal de que a força da água jogou os banhistas contra as pedras.

Perigo

Apesar de atualmente encontrar-se isolado, o local ainda é visitados por turistas durante o verão. Os visitantes são informados por placas de alerta sobre os riscos que a grande queda d’água oferece, assim como a frequente elevação do nível do Ribeirão Claro. Localizada em uma região de serra e com várias quedas d’água e nascentes, a cachoeira Véu da Noiva convive constantemente com o registro de torrentes na cabeceira do ribeirão. "Os moradores da região sabem que o nível de água sobe muito rápido quando chove no alto da serra. Por isso as pessoas tomam mais cuidado. Mas os turistas, muitas vezes desavisados, acabam não olhando as placas e se surpreendendo. Essa tragédia poderia ter sido ainda maior se mais gente estivesse no leito do rio", disse à época o in­­vestigador da Polícia Civil, Adilson Ross Lumino.

  • Há 9 anos três pessoas também morreram em cachoeira no Norte Pioneiro

Fonte: Gazeta do Povo

Mais fotos

MAIS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE