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Estiagem ameaça abastecimento, mas sem previsão de racionamento

Publicado em: 20/10/2019

Situações mais críticas são em Siqueira Campos e Quatiguá; Sanepar pede consumo racional por parte da população

O longo período de estiagem já acarreta graves problemas ao abastecimento de água em diferentes municípios do Norte Pioneiro. No momento a situação mais crítica ocorre em Siqueira Campos e Quatiguá, embora o panorama em Santo Antônio da Platina, Ibaiti e Conselheiro Mairinck também inspire bastante atenção.

Com reservatórios em muitos casos com menos de 70% da vazão normal, a Sanepar tem usado poços artesianos e pedido insistentemente o uso racional da água por parte da população. “Temos um volume de chuvas praticamente quatro vezes menor que o habitual e em alguns locais a situação é dramática mesmo. Em Siqueira Campos, por exemplo, onde a gente captava 100 mil litros de água por hora extraindo apenas 20 mil litros. Ou seja, a captação está totalmente comprometida. Então usamos os poços artesianos já existentes e também caminhões pipas levando água de cidades vizinhas onde a situação é regular, como Wenceslau e Tomazina”, detalha o gerente regional da Sanepar, Juarez Wollz.

O problema também é similar em Quatiguá, onde a Sanepar adota as mesmas medidas para não deixar a população sem água nas torneiras. A situação é atribuída à estiagem que tem afetado a região há várias semanas. “Posso dizer que 90% do problema ocorrem por conta da estiagem. Nossa matéria prima é água, e sem água fica difícil trabalhar. Claro que o fato dos mananciais estarem desaparecendo agrava ainda mais”, observa.

O gerente afirma que diante deste cenário o uso racional da água por parte da população é imprescindível para que o problema não se agrave. “A cooperação da população é fundamental agora. As pessoas têm que entender que não dá para lavar carro, lavar calçada. Em Santo Antônio a gente tem uma situação estabilizada porque houve cooperação. Mas que fique claro que a situação não está normalizada, muito pelo contrário, o problema ainda é grande, mas está estabilizado”, esclarece.

SEM RACIONAMENTO

Em muitos casos onde existe a redução drástica da vazão nos locais de abastecimento as companhias acabam obrigadas a adotar o racionamento, ou rodízio. Juarez, entretanto, deixa claro que no momento esta medida não é cogitada para a região. “Temos usado os poços, transportado água de uma cidade para outra, e abrindo novos poços em Siqueira e Quatiguá, que depois que a situação se normalizar vão servir para armazenar água. Temos feito manobras técnicas, de repente um ou outro lugar pode ficar algumas horas sem água, mas questões pontuais, racionamento por enquanto não vamos adotar, graças a essas medidas e as equipes da Sanepar que estão fazendo 24 horas em várias cidades para dar conta”, completa.

Fonte: Tribuna do Vale

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