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Endividamento dá sinais de elevação no Paraná por causa do coronavírus

Publicado em: 17/04/2020

Pesquisa da CNC e Fecomércio PR mostra que 90% dos paranaenses possuem algum tipo de dívidas em abril

O número de endividados no Paraná já dá sinais de elevação por causa das limitações econômicas decorrentes da pandemia do coronavírus. Após dois meses de queda, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), voltou a subir no mês de abril e chegou a 90,02%. É o maior índice para o mês de abril de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2011.

A média nacional de endividamento está em 66,60% neste mês e é a maior dos últimos dez anos. Esta foi a primeira PEIC realizada após o início do surto de Covid-19 no Brasil, sendo que a coleta dos dados ocorreu entre 20 de março e 5 de abril.

Atraso e inadimplência

No momento, o que se observa é um aumento no endividamento em si, especialmente pela ampliação das dívidas no cartão de crédito, que subiram de 72,54% em março para 73,67% em abril, além das despesas com o financiamento imobiliário, que passaram de 9,91% em março para 10,18% em abril.

Por outro lado, a condição de pagamento das dívidas ainda é positiva. A parcela de envididados com contas em atraso caiu na variação mensal, baixando de 27,68% em março para 25,67% neste mês. Da mesma forma, as famílias que reconhecem não ter condições de quitar seus débitos financeiros reduziram de 12,07% no mês passado para 10,26%.

De acordo com a Fecomércio PR, o percentual de famílias endividadas no Paraná já é um dos mais altos do país e seu aumento inspira atenção, mas por enquanto a condição de solvência das dívidas dos paranaenses é positiva. Este é o menor percentual de famílias com contas em atraso desde maio de 2017, que registrou 23,34%. Eventuais elevações na inadimplência devem começar a ser verificadas nos próximos meses.

Segmentação por faixa de renda

Os que mais acumularam dívidas em abril foram os paranaenses com rendimentos acima de dez salários mínimos, que ampliaram de 93,37% em março para 95,57% em abril, sobretudo em função do financiamento imobiliário, que corresponde a 15,89% das dívidas neste mês. Em março, a compra da casa própria abrangia 12,90% dos compromissos financeiros nesta faixa de renda.

Entre as famílias com renda até dez salários mínimos o endividamento subiu de 87,84% em março para 88,84% em abril, com ampliação do uso do cartão de crédito, que passou de 71,77% no mês passado para 72,99% em abril.

Fonte: Tribuna do Vale

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