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DINHEIRO FAKE: Em 10 anos, Banco Central recolhe mais de 350 mil cédulas falsificadas

Publicado em: 08/02/2021

Ao longo da década encerrada em 2020, mais de R$ 21,5 milhões em dinheiro falso no Paraná foram recolhidos pelo Banco Central (BC), o que equivale a cerca de R$ 2,2 milhões por ano desde 2011, conforme dados abertos do próprio BC analisados e compilados pelo Bem Paraná.

Ao todo, foram mais de 351 mil notas falsificadas retiradas de circulação até o dia 2 de fevereiro, quando foi feita a última atualização dos dados disponibilizados por meio do Portal Brasileiro de Dados Abertos (dados.gov.br).

As notas de R$ 100 e R$ 50 são as mais comuns de serem falsificadas, respondendo, respectivamente, por 38,9% e 35,7% do total de cédulas apreendidas, mas até mesmo as notas de R$ 1, que não são produzidas desde 2005, costumam ter volta e meia versões falsificadas encontradas circulando por aí.

Conforme o BC, diariamente o Departamento do Meio Circulante recebe cédulas para análise da legitimidade. Infelizmente, em sua maioria são falsas. E para você não correr o risco de ser prejudicado, é sempre importante ficar de olho nos principais elementos de segurança.

O primeiro passo é sentir o papel: as notas de real da Segunda Família são impressas em papel fiduciário, que tem uma textura mais firme e áspera do que o papel comum. Além disso, verifique a Marca-d’Água, o número escondido, a Faixa Holográfica (nas notas de R$ 50 e R$ 100) e o Número que Muda de Cor (nas notas de R$ 10 e R$ 10). Já nas notas da Primeira Família, verifique a Marca-d’Água, a Imagem Latente, o Registro Coincidente e também o relevo.

Todas essas características distintivas podem ser conferidas em detalhe no site do Banco Central (www.bcb.gov.br/cedulasemoedas).

Outro detalhe que pode ajudar é que as notas da Segunda Família do Real têm tamanhos diferenciados. As de R$ 2, por exemplo, possuam 6,5 cm de altura e 12,1 cm de comprimento. As de R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100 possuem a mesma altura, mas um comprimento maior de acordo com o seu valor: 12,8 cm; 13,5 cm; 14,2 cm; 14,9 cm; e 15,6 cm, respectivamente.

O que fazer após receber uma falsificação?

A primeira recomendação do Banco Central é que o cidadão não aceite notas ou moedas metálicas suspeitas de falsificação, pois trata-se de produtos de ação criminosa. Por isso, fique atento aos elementos de segurança do dinheiro e, se não identificar algum desses elementos, recuse receber a cédula ou moeda.

Há casos, porém, em que uma pessoa recebe dinheiro falso ao efetuar um saque diretamente em caixas eletrônicos (inclusive os 24 horas) ou ao receber o pagamento da aposentadoria ou do auxílio Bolsa Família. Caso isso aconteça, o cidadão deve procurar o banco onde efetuou o saque, o qual é obrigado a trocar o dinheiro suspeito de falsificação imediatamente.

Já se o cidadão recebe sem perceber dinheiro suspeito de falsificação em outras circunstâncias, como no comércio, deve procurar qualquer agência bancária e entregar a cédula ou moeda metálica. O banco anotará seus dados (nome, endereço, documento de identificação, CPF ou CNPJ no caso de ser empresa) e enviará a cédula ou moeda metálica para análise do Banco Central. Se ficar comprovado que a cédula é legítima, o cidadão será ressarcido pelo banco. Caso fique comprovado que a cédula é falsa, não haverá reembolso.

Circulação de dinheiro falso está em queda no Estado

Desde 2017, quando 57,5 mil notas falsas foram retiradas de circulação no Paraná, o número de cédulas apreendidas no estado pelo Banco Central vem caindo. Em 2018, por exemplo, já foram 35.6 mil notas apreendidas, redução de 38,% na comparação com 2017. Em 2019, já foram 30,4 mil cédulas, queda de 14,6% na comparação com o ano anterior.

Em 2020, dados preliminares divulgados pelo BC no começo deste mês apontam que a tendência é de nova queda nos registros. Segundo as informações, ao longo do ano passado haviam sido recolhidas 4.963 cédulas no estado, o que resultou na retirada de circulação de R$ 314.766 em dinheiro falso.

Histórico de circulação de dinheiro falso no Paraná

2020
Número de cédulas recolhidas: 4.963
Valor total das cédulas: R$ 314.766,00

2019
Número de cédulas recolhidas: 30.426
Valor total das cédulas: R$ 1.902.440,00

2018
Número de cédulas recolhidas: 35.624
Valor total das cédulas: R$ 2.284.302,00

2017
Número de cédulas recolhidas: 57.481
Valor total das cédulas: R$ 3.411.875,00

2016

Número de cédulas recolhidas: 32.413
Valor total das cédulas: R$ 2.381.946,00

2015
Número de cédulas recolhidas: 32.627
Valor total das cédulas: R$ 2.288.454,00

2014
Número de cédulas recolhidas: 54.197
Valor total das cédulas: R$ 3.027.155,00

2013
Número de cédulas recolhidas: 29.231
Valor total das cédulas: R$ 1.811.011,00

2012
Número de cédulas recolhidas: 45.472
Valor total das cédulas: 2.345.495,00

2011
Número de cédulas recolhidas: 28.984
Valor total das cédulas: R$ 1.732.885,00

Total de cédulas apreendidas, segundo o valor da nota
R$ 100: 136.664
R$ 50: 125.288
R$ 20: 70.844
R$ 10: 12.638
R$ 5: 5.029
R$ 2: 961
R$ 1: 2

 

 

Fonte: Fonte: Departamento do Meio Circulante do Banco Ce

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