Palco de várias rebeliões com fugas de presos em massa, mortes e muita reclamação de moradores e autoridades por conta do risco iminente que oferece à população, a cadeia pública de Santo Antônio da Platina está passando por uma grande transformação. Desde a última segunda-feira (30) a unidade prisional passou a receber somente mulheres, que encontraram uma estrutura toda reformada pelo Departamento Penitenciário (Depen) e terão a oportunidade de estudar e trabalhar enquanto cumprem suas respectivas penas.
A cadeia platinense foi parcialmente reformada com recurso financeiro disponibilizado pelo Conselho da Comunidade, com participação do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual (MPPR). O dinheiro foi aplicado na reforma das celas, materiais de limpeza e higiene.
O mesmo espaço que antigamente dispunha de apenas quatro camas com um pequeno lavabo e chegou a receber mais de 15 presos confinados, agora tem capacidade para receber sete detentas devidamente acomodadas, com dignidade para o cumprimento das penas.
“Só é possível ressocializar alguém se houver mecanismos que ofereçam dignidade, educação e trabalho. Lidamos com pessoas que praticaram algum tipo de crime, cuja grande maioria volta a delinquir quando deixa a prisão. Se elas tiverem um local apropriado para cumprir suas penas com o mínimo de condições humanas, educação e oportunidade de trabalho, certamente muitas delas serão reinseridas na sociedade e poderão ajudar outras pessoas”, pondera o gestor das cadeias públicas de Santo Antônio da Platina e Ibaiti.
O gestor regional do Depen informou que pretende concluir em breve a reforma total da cadeia platinense com a ajuda do Conselho da Comunidade e por meio de doações de moradores e empresários. Além da manutenção das celas, também serão construídas duas salas de aula e uma área exclusiva para a distribuição de trabalhos às detentas. Na próxima sexta-feira (3), as presas já começam a trabalhar confeccionando máscaras que serão utilizadas por profissionais da saúde e de segurança nas ações de combate ao coronavírus.
Atualmente a cadeia pública de Santo Antônio da Platina ma ntem 67 detentas custodiadas. A unidade tem capacidade para 80 presas.
Fonte: AEN