O suspeito de matar e roubar três homens gays, em Curitiba e em Santa Catarina, preso neste sábado (29), confessou os crimes, em depoimento.
De acordo com a Polícia Civil, O homem preso afirmou que pretendia fazer uma vítima por semana e disse que escolhia homossexuais pela facilidade de atrair as vitimas.
A prisão de elemento ocorreu em uma pensão, em Curitiba, no bairro Capão Raso. Segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), homem preso é um Serial killer.
Ele é investigado por matar duas pessoas em Curitiba e uma em Santa Catarina. De acordo com a polícia, todos os crimes tinham características semelhantes quanto à ação do investigado, que marcava encontros com homens gays por meio de aplicativos.
O delegado Tiago Nóbrega disse que o suspeito afirmou no interrogatório que agiu de forma consciente e que explicou como matava as vítimas.
No depoimento, conforme o delegado, preso disse que aplicou um “mata leão” até as vitimas apagarem, que não sabia se elas estavam mortas ou não. As vítimas apagavam, e ele ia embora levando pertences.
Após a repercussão dos casos, conforme a polícia, o suspeito afirmou que não conseguia mais marcar os encontros porque a imagem dele ficou conhecida, mas alegou que chegou a dizer a uma possível vitima, durante as conversas no aplicativo, que era ele o serial killer que aparecia na TV.
A polícia disse que, apesar de o suspeito ter negado a relação dos crimes com a homofobia, os elementos do interrogatório demonstram que os crimes possuem motivação por ódio.
Ainda conforme a polícia, o suspeito disse que usava o dinheiro da venda dos pertences das vítimas para comprar drogas, e que buscava mudar de local na tentativa de fugir da polícia.
Conforme as investigações, os policiais identificaram o suspeito através de uma quarta vítima, que sobreviveu, e com ajuda de câmeras de monitoramento.
Segundo a DHPP, o homem não chegava a ter relação sexual com as vítimas.
O suspeito estava foragido no Paraná e em Santa Catarina. Para a DHPP, ele é considerado um assassino em série e tem perfil de psicopata.
Segundo a polícia, a vítima que sobreviveu sofreu a tentativa de homicídio no dia 11 de maio, no Bigorrilho, foi importante nas investigações.
O perfil das vítimas era sempre o de jovens gays, que moravam sozinhos. Segundo a delegada Camila Cecconello, o suspeito sufocava as vítimas com travesseiro ou coberta e levava os pertences após o assassinato.
Fonte: Folha Extra