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CURITIBA: Pai é condenado a mais de 30 anos de prisão por matar a filha terapeuta

Publicado em: 14/06/2021

Júri popular terminou na noite desta última  quinta-feira (10). Corpo de Aline Miotto Nadolny, de 27 anos, foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, em junho de 2019.

Um homem foi condenado a 30 anos, nove meses e 22 dias de prisão pela morte da filha na região de Curitiba, há dois anos. O júri popular começou às 13h30 desta quinta-feira (10) e terminou por volta das 22h30.

O corpo da terapeuta ocupacional Aline Miotto Nadolny, de 27 anos, foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, em 6 de junho de 2019. Conforme a Polícia Civil, ela foi enforcada com um cachecol.

O pai da vítima, Luiz Carlos Nadolny, está preso desde a época do crime. Ele já tinha confessado o crime em depoimento à polícia, quando alegou ter se descontrolado após uma discussão sobre pensão alimentar da irmã mais nova da vítima.

Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia, dificultar a defesa da vítima e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver.

A defesa de Luiz Carlos Nadolny disse que irá recorrer da decisão e considerou a pena "exacerbada". O advogado Sérgio Padilha afirmou que o juiz não tem a capacidade de analisar a personalidade de um investigado ao agravar a pena do réu.

Os advogados da família da vítima afirmaram que o conselho de sentença acolheu "a única solução possível diante da amplitude de provas apresentadas".

Cinco testemunhas foram ouvidas ao longo da tarde, sendo quatro de acusação. Entre as testemunhas, estavam o companheiro, a mãe e a irmã da vítima - que se emocionou muito durante o depoimento.

A testemunha de defesa ouvida foi um inquilino do réu. Em seguida, ocorreu o interrogatório do pai da vítima por videoconferência.

No julgamento, ele afirmou que no dia do crime tampou a boca da filha para que ela não gritasse e saísse do carro. Depois disso, o pai disse que filha desmaiou e que ele não se lembra o que ocorreu depois.

Os debates entre defesa e acusação começaram por volta das 18h30.

Investigação do crime

Em 2019, o homem afirmou em depoimento à polícia que foi de carro até a casa da vítima para tentar convencê-la a falar com a mãe sobre o valor da pensão para a irmã mais nova.

Conforme a polícia, os dois se desentenderam durante a carona. Luiz Carlos Naldony seria ouvido como testemunha, mas quando foi intimado para depor, acabou confessando o crime.

Ele não tinha passagens pela polícia, mas, segundo a defesa da vítima, ele já tinha ameaçado familiares por causa de desacordos financeiros.

Ainda de acordo com a polícia, o homem contou que esganou a filha e que a jovem desfaleceu e morreu dentro do carro. Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a causa da morte de Aline foi esganadura.

O superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, afirmou que Luiz Carlos Nadolny costumava ter um bom relacionamento com a filha, mas que fazia três anos que eles não se encontravam.

"Quando ele estava matando, a menina falava: 'pai, eu te amo'", contou o superintendente.

A polícia chegou até o acusado após identificar o veículo dele com a ajuda de câmeras de segurança. De acordo com o delegado, o carro pertence à esposa do suspeito. Houve também denúncia anônima.

No dia em que o corpo de Aline foi encontrado, a Polícia Civil havia informado que o marido dela que tinha o achado. Mais tarde, porém, a polícia informou que na verdade moradores da região que encontraram o corpo em um matagal ao lado do presídio.

Em interrogatório na fase de instrução do processo, o réu permaneceu em silêncio.

 

 

Fonte: RPC

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