Da esquerda para direita: Sergio Moro (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados), Felipe Francischini (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados) e Ney Leprevost (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
O União Brasil no Paraná está dividido em 3 grupos.
Em um dos lados, o atual presidente estadual, deputado federal Felipe Francischini (UB) e o pai dele, ex-deputado estadual Fernando Francischini (UB), comandam a estrutura partidária.
De outro, o senador Sergio Moro (UB), que está empoderado com absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avisou à caciques nacionais que quer o comando da sigla paranaense.
A terceira face dessa queda de braço está com com o deputado estadual Ney Leprevost (UB), pré-candidato da sigla na capital paranaense, que se esforça para se equilibrar na disputa interna.
Interlocutores de Moro não escondem a mágoa com os Francischinis, que, segundo eles, custaram acreditar na possibilidade de vitória do ex-juiz na Justiça Eleitoral em relação as acusações do PT e PL por supostas irregularidades na campanha de 2022.
O ex-juiz já declarou publicamente que pretende disputar o governo do Paraná em 2026, e, nos bastidores, tem dito que só fará isso pelo União Brasil se tiver o controle partidário. Já a família Francischini, quer garantir a manutenção na direção da legenda, que tem uma das maiores estruturas partidárias disponíveis no mundo político.
Na terceira ponta da história, Leprevost precisa garantir que a burocracia partidária lhe garanta na disputa e, ao mesmo tempo, que o grupo do ex-juiz da Lava Jato o apoie. No momento, Leprevost se esforça para atrair nas cercanias de sua pré-candidatura a deputada federal, e esposa de Moro, Rosângela Moro (UB), e tenta não desagradar à presidência estadual.
Resta saber qual vela permanecerá acesa.
Fonte: Notícias Políticas