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Coronavírus: hospitais do PR podem ficar sem remédios para ventilação mecânica

Publicado em: 22/06/2020

As entidades que representam os hospitais confirmam a falta dos medicamentos e dizem que já trabalham em novos protocolos e padronizações para amenizar o problema

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) emitiu um alerta neste domingo (21) sobre o risco de desabastecimento de remédios necessários à manutenção de ventilação mecânica, o que afeta diretamente o tratamento dos pacientes de Covid-19 e outras enfermidades. O Conselho recomenda que todas as cirurgias eletivas, que não são emergenciais, sejam suspensas no Estado. As entidades que representam os hospitais confirmam a falta dos medicamentos e dizem que já trabalham em novos protocolos e padronizações para amenizar o problema. 

Em entrevista ao Bem Paraná, o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Fehospar), Rangel Silva, afirmou que as farmacêuticas e o Ministério Público do Paraná (MPPR) já estão trabalhando na questão também. "Fizemos uma reunião das entidades representativas na quinta-feira, onde falamos que estas medicações estão em falta. Temos que mudar o protocolo, porque em cirurgias eletivas são utilizadas as mesmas drogas anestésicas que são usadas para entubação. As farmacêuticas e o Ministério Público do Paraná já estão sabendo das dificuldades. Há uma preocupação geral e todos trabalham em novas padronização", afirmou Silva. 

O presidente da Federação das Santas Casas de Misercórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) e do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná (Sindipar), Flaviano Feu Ventorim, disse que o alerta partiu justamente dos hospitais, que estão com dificuldade de obter os medicamentos. "Nós alertamos ao CRM sobre o risco de falta de medicamentos para entubação. Informamos a dificuldade que estamos tendo para obter os medicamentos. A maioria dos hospitais já suspendeu as cirurgias eletivas lá no início da pandemia. Estamos trabalhando para que todos suspendam", disse ele.  Ventorim destacou que nos últimos dias a taxa de ocupação nos serviços destinados aos pacientes com Covid-19 subiu muito e nesse ritmo pode ficar comprometido o abastecimento da rede privada. Ele diz que, hoje, há harmonia entre os serviços do SUS e os particulares, mas que se houver estrangulamento na capacidade do primeiro o sistema todo pode entrar em colapso, ainda mais se depender de regulação pelos meios judiciais. 

Os dirigentes alertam ser fundamental o apoio às secretarias estadual e municipais de saúde, sobretudo no alerta à população para que atenda às recomendações de distanciamento social para que o sistema assistencial não entre em colapso. 

Fonte: Sites Associados

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