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“Coisas muito graves serão trazidas a esse processo”, diz defesa de delegado que matou esposa e enteada

Publicado em: 17/03/2020

O advogado Claudio Dalledone, que defende o delegado Erik Busetti, afirmou em entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira (16) que “coisas muito graves” ainda serão apresentadas durante o processo referente ao episódio que provocou a morte da escrivã Maritza Guimarães de Souza, 41 anos, e da filha dela Ana Carolina de Souza, 16. Autor confesso dos crimes, Busetti foi indiciado por duplo feminicídio com incidência de aumento de pena por ter cometido o crime próximo da filha de nove anos, que estava num dos quartos. O caso aconteceu no último dia 4, na casa das vítimas, no bairro Atuba, em Curitiba.

“Eu estarei ao lado dele (Busetti) interpretando e dizendo à sociedade todo o drama que ele passou durante todos esses anos. Delegados serão ouvidos, investigadores também serão ouvidos e coisas muito graves 

Para Dalledone, o que aconteceu foi uma tragédia e resultado de uma sequência de situações. “Uma tragédia que atinge a todos e principalmente o Erik. Evidentemente que um copo transbordou naquele dia, pois foram uma sequência de situações extravagantes que desgraçaram com a vida de um delegado de polícia”, afirmou ele.
 
Sobre as imagens que a polícia teve acesso através de um aparelho DVR com cenas capturadas dentro da casa da família no dia dos crimes, a defesa diz que são trágicas e que será necessário serem analisadas pela perícia, além de interpretadas com o apoio do interrogatório do delegado sobre a sua versão dos fatos.

A Polícia não divulgou as imagens durante a entrevista coletiva sobre o indiciamento na manhã desta segunda-feira (16).

O delegado Erick Busetti permanece preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais.

O crime

O policial civil Busetti matou a esposa, a escrivã de polícia Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha dela, uma adolescente de 16, Ana Carolina Souza. O crime aconteceu na noite desta quarta-feira (4) no condomínio de sobrados em que a família morava no bairro Atuba, em Curitiba.

Segundo a delegada  Camila Cecconello, analisando as imagens da casa da família é possível ver que o casal discutiu por cerca de três horas antes dos tiros e que Maritza fez as malas para ir embora de casa naquela noite. Só voltou porque ouviu gritos da filha Ana, que havia sido agredida por Erick.

A delegada relata que neste momento ouve-se 13 tiros. Maritza foi atingida por sete disparos na sequência e Ana por seis. Elas morreram na hora.

 

Fonte: Banda B

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