O Brasil no governo Lula enfrenta um déficit nominal quase tão alto quanto o visto no pico da pandemia de covid-19 e as recentes enchentes no Rio Grande do Sul (RS) tendem a aumentar ainda mais os gastos públicos.
A suspensão do pagamento da dívida do Estado e os programas sociais elevarão a dívida bruta do governo, que em março alcançou 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
O déficit nominal é calculado a partir do saldo entre receitas e despesas, incluindo os juros da dívida bruta. Recentemente, o Congresso Nacional aprovou uma medida que exclui os gastos com o RS do cálculo das principais regras fiscais, como o marco fiscal aprovado em agosto de 2023.
Com a decisão do Comitê de Política Monetária de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, o custo dos juros da dívida será maior.
As estimativas medianas também pioraram para os próximos anos:
Informações do BC indicam que o déficit nominal do Brasil foi de R$ 998,6 bilhões nos últimos 12 meses até março. O menor valor foi registrado em janeiro de 2021, com R$ 1,016 trilhão.
Tragédia no RS vai piorar déficit
O governo anunciou a suspensão da dívida do RS e dos municípios do Estado por três anos, com um impacto de R$ 23 bilhões no período. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, R$ 11 bilhões são em virtude do adiamento e R$ 12 bilhões ao não pagamento de juros.
Fonte: CNN