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Brasil ainda não atingiu pico da pandemia, diz OMS

Publicado em: 02/06/2020

Organização manifestou preocupação e pediu a solidariedade de outras nações; países do continente americano representam metade do ranking dos 10 países mais afetados pela Covid-19

O chefe de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, declarou em coletiva, nesta segunda-feira (1º), que ainda não é possível prever quando a América do Sul atingirá o pico da pandemia de coronavírus. "Não acho que chegamos no pico dessa transmissão e não posso dizer quando isso acontecerá", admitiu Ryan.

"Precisamos focar nosso trabalho em apoiar a América Central e Sul. Ninguém estará seguro até que todos estejam seguros", afirmou o chefe de emergências. "Há poucas semanas, o mundo estava preocupado com a Ásia e África. De uma certa forma, a situação é difícil. Mas nas Américas estamos longe da estabilidade", repetiu.

Ryan ainda destacou a sobrecarga dos sistemas de saúde da região, que "estão sob pressão" depois que as Américas se transformaram em uma "zona de intensa transmissão do vírus".

O chefe de emergências também mencionou que alguns países estão atuando de forma correta, enquanto outros possuem falhas determinantes. "Tivemos respostas diferentes. Vemos bons exemplos de governos que adotaram uma estratégia ampla, dirigidos pela ciência. Em outras situações, vemos a ausência e fraqueza nisso", lembrou Ryan.

Vale ressaltar que, nos últimos sete dias, o número de novos casos da Covid-19 e mortes por coronavírus registrados pelo Brasil foi o mais expressivo no mundo, ainda maior do que nos Estados Unidos. De acordo com dados da OMS, neste período, o Brasil somou 6821 óbitos contra 6777 dos Estados Unidos. Quanto ao número de novos casos, o Brasil liderou com 151 mil e os Estados Unidos ficaram em segundo, com 141,4 mil.

Ainda assim, os Estados Unidos são o líder absoluto de casos e mortes no total, com 1,7 milhão de casos e mais de 106 mil óbitos. No Brasil, os registros marcam 519 mil casos e quase 30 mil mortes.

Protestos mundo afora

Em meio aos protestos que tem tomado as ruas, principalmente nos Estados Unidos, a OMS alertou para a possibilidade de uma "supertransmissão" em eventos como esses. "[A pandemia] não acabou ainda e o distanciamento continua sendo extremamente importante", reforçou Maria van Kerkhove, chefe técnica da OMS.

Reprodução

Protesto anti-racismo em Nova York. Imagem: AFP

A OMS insistiu em não citar nomes de países, visto que os Estados Unidos romperam com a organização na última sexta-feira (29). Porém, quando questionada sobre os protestos estadunidenses e o risco de uma disseminação ainda maior, a OMS manifestou preocupação.

Mesmo com a separação entre o país e a organização - que ainda não foi oficializada por Trump junto à OMS - Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, foi diplomático com os Estados Unidos, porque, segundo ele, o mundo foi amplamente beneficiado com os recursos estadunidenses. "Esse dinheiro fez muita diferença para o mundo", explicou Ghebreyesus. "O desejo da OMS é de que continuem", completou.

 

 

Fonte: Sites Associados

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