O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (9) que pode aumentar o auxílio emergencial se parlamentares "aceitarem reduzir os salários". Bolsonaro disse isso após sugerir que o auxílio tenha mais duas parcelas de R$ 300, valor reduzido em relação aos R$ 600 atuais.
"Alguns parlamentares querem R$ 600 [de auxílio]. Se eles aceitarem reduzir os salários deles, tudo bem. Alguns governadores, se resolverem quebrar o isolamento com base na decisão da OMS [Organização Mundial da Saúde] ontem, isso já ajuda a recuperar a economia", disse o presidente. Ele já havia afirmado que a OMS "não transmite mais confiança".
"Tem de dizer de onde vem o recurso. Não podemos nos endividar", afirmou Bolsonaro. "Não podemos deixar o pessoal sem emprego e sem auxílio emergencial".
No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, respondeu à afirmação do líder do Executivo. "Só acho que a conta está um pouco distante. O custo de dois meses do auxílio são 100 bilhões, o custo anual dos salário dos deputados são 220 milhões bruto". Maia ainda afirmou que o "parlamento vai participar e defender" se todos os três poderes topassem cortar os salários.
Fonte: UOL